A dificuldade da prova da discriminação e o uso da prova estatística

A dificuldade da prova da discriminação e o uso da prova estatística

Revista LTr | Outubro de 2021

Por Silvia Isabelle Ribeiro Teixeira do Vale e Rosangela Rodrigues Dias de Lacerda

O presente artigo tem por objetivo perscrutar a possibilidade de utilização da prova estatística para demonstração de condutas discriminatórias nas
relações de emprego, especialmente em ações coletivas. O tema é fulcral e socialmente relevante, vez que trata da possibilidade de ser comprovada a conduta ilícita mediante estatística, condenando-se o empregador nas sanções cabíveis no âmbito trabalhista. No primeiro item, são estabelecidas digressões teóricas acerca do direito à igualdade e não discriminação, porquanto imprescindíveis à compreensão dos problemas sob a perspectiva constitucional. No segundo item, estabelecem-se diferenças marcantes entre as inúmeras modalidades de discriminação, sempre sob a égide do entendimento de que, a cada circunstância particular, um específico ônus de prova recairá sobre a parte. O item subsequente versará sobre o paradigma nuclear do presente estudo: a possibilidade de uso da prova estatística, principalmente em ações coletivas, devido ao seu custo, e como o assunto é tratado na doutrina e jurisprudência estrangeiras. As metodologias utilizadas, precipuamente, foram a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental.

Palavras-chave:

Igualdade; Não discriminação; Prova estatística

Sumário:

1. Introdução.

2. Direito à igualdade e não discriminação.

3. Espécies de discriminação.

4. Prova da discriminação e suas dificuldades: a prova estatística.

5. Considerações finais. Referências.

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